17.03 – O governo de Santa Catarina decretou situação de emergência em todo o Estado nesta terça-feira (17) por causa da pandemia do novo coronavírus. A medida foi anunciada pelo governador Carlos Moisés (PSL) em coletiva de imprensa após uma longa reunião com todo o secretariado.
Com o decreto, estão suspensos por 30 dias em Santa Catarina eventos de qualquer porte (independentemente do número de pessoas), e por sete dias os serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Academias, shoppings e restaurantes também não devem abrir as portas conforme o decreto. Novas entradas em hotéis também estão suspensas. Todas as medidas começam a valer a partir desta quarta-feira (18), mas as empresas terão um tempo de notificação e organização a partir da medida.
Moisés declarou que são medidas duras e mais restritivas do que as anunciadas anteriormente, mas se fazem necessárias após o Estado registrar a transmissão comunitária do Covid-19, quando os novos casos ocorrem em pessoas sem registro de viagem ou contato com pacientes confirmados.
— O desenvolvimento do contágio no resto do mundo ocorreu de forma muito rápida depois do contágio comunitário, quando a doença se multiplica rapidamente. Por isso foram necessárias essas medidas — disse o governador.
O governador disse que o número de casos confirmados do novo coronavírus em Santa Catarina já é “muito maior” que os sete confirmados pelo Ministério da Saúde, e a transmissão comunitária foi identificada na região Sul do Estado — após confirmações em Braço do Norte e Tubarão. Segundo o secretário de Saúde, Helton Zeferino, não é mais possível identificar a origem de todos os casos confirmados em Santa Catarina. O governo não detalhou um número exato de pacientes com o Covid-19 e disse que uma série de testes estão sendo feitos no Laboratório Central de Saúde (Lacen).
— Queremos trazer essa percepção de que qualquer pequena aglomeração traz o risco de contaminação. A gente quer que a população esteja segura, é uma medida difícil. O governo do Estado toma essa medida sem estar alegre, mas é necessária para que não tenhamos um pico de contágio, com óbitos e o sistema de saúde comprometido — anunciou Moisés.
O decreto deixa claro que farmácias, mercados e postos de combustíveis devem seguir funcionando, além de serviços funerários, de gás e água. A medida não atinge, por enquanto, portos e aeroportos.
Durante a coletiva, o governo confirmou também que o Estado deve receber R$ 14 milhões do Ministério da Saúde para medidas de combate ao coronavírus.
— Estamos lidando com um inimigo invisível. É possível que alguns de nós já tenhamos positivado, mas não ficamos assintomáticos e vamos nos livrar do vírus. Não temos a medida exata do tamanho dos problemas que ainda vamos enfrentar, por isso as medidas restritivas são tão importantes — afirmou o governador Carlos Moisés.
O governo reforçou que as pessoas que sentirem sintomas do Covid-19 (febre, tosse seca, coriza, dor no corpo) devem buscar as unidades básicas de saúde (postinhos), onde serão atendidos e encaminhados conforme a gravidade. A grande maioria das pessoas será tratada em residência, garantiu o secretário de Saúde Helton Zeferino, mas os casos graves serão encaminhados aos hospitais.
Foto e fonte: Secom
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