14.08 – Por volta das 7h de hoje, foi encontrado boiando o corpo do pescador amador, Djalma Veira, morador de Indaial, que estava desaparecido desde a última terça-feira. Ele e mais três amigos naufragram na região da marisqueira, na praia de Armação do Itapocorói. Dos quatro tripulantes, dois sobreviveram e dois morreram afogados.
O corpo de Djalma foi encontrado a cerca de 800 metros da praia do Tabuleiro e Central, em Barra Velha. Um pescador artesanal local acionou o Corpo de Bombeiros Militar por volta das 7h afirmando que havia encontrado um corpo. Os bombeiros foram até o local, resgataram e encaminharam o corpo até a Marinha de Itajaí.
O primeiro corpo encontrado foi o de Moacir Pascoal Fiamoncini, 59 anos, também morador de Indaial. O corpo dele estava enroscado em linhas dos cultivos de marisco, na praia de Armação. M.L.B, 47 anos, que estava se segurando em uma boia de cultivo de marisco, foi resgatado por pescadores e J.J.C., 37 anos, estava em uma balsa de apoio dos maricultores. Os dois apresentavam dois alto grau de hipotermia, foram medicados e passa bem.
O naufrágio
O barco de pequeno porte de alumínio e motor de popa naufragou no início da noite de terça-feira (10) a cerca de 3 quilômetros da costa da praia de Armação.
Moacir Luiz Benevenuti, morador de Apiúna, um dos sobreviventes do naufrágio, conta que ele, um tio e dois amigos decidiram sair para pescar pela manhã de terça. Ele passou na casa do tio, em uma das vítimas fatais do naufrágio. Em Penha se juntaram aos outros dois.
Os quatro passaram o dia no mar, mas por volta das 16h30, o vento ficou mais forte. Com a noite chegando, decidiram voltar para praia. No entanto, no meio do caminho, o motor do barco parou de funcionar pela primeira vez.
Eles conseguiram religar o motor, mas logo tiveram outro problema. Uma linha de cultivo de mariscos acabou enroscando na hélice do motor, que pifou. Eles tentaram cortar a corda, mas não conseguiram. Foi quando o vento virou o barco, que afundou rapidamente. Os quatro ocupantes estavam de colete salva-vidas, e um pneu de socorro do barco também foi usado pelos ocupantes para se manter na superfície.
“Tinha muito vento empurrando para dentro [do mar]. A gente nadava, nadava, mas não saia do lugar”, conta. Moacir lembra que os quatro conseguiram se segurar nas boias da maricultura.
Moacir conta que ficou mais de 12 horas no mar, “lutando para se manter aquecido”, até por volta das 7h da manhã de quarta, quando foi encontrado por um maricultor, que resgatou ele e outro sobrevivente.
Receba notícias direto no seu celular!Participe do grupo "Noticias Região do Carneiro News"

Participe do grupo "Noticias Região do Carneiro News" no Telegram!
