Navegantes - Assassino de Carin e Raquel é condenado a 73 anos de prisão

01.04 – O pescador F. L. K. que assassinou Carin Salomão e Raquel Hostins foi condenado a mais de 70 anos de prisão. A sentença saiu ontem (31) durante julgamento em Navegantes, cidade onde ocorreram os homicídios. A condenação foi 73 anos, 10 meses e 20 dias de prisão pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

O réu, que já estava preso preventivamente no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, deverá cumprir a pena em regime fechado. A condenação inclui agravantes como motivo fútil, meio cruel, impossibilidade de defesa das vítimas e tentativa de garantir a impunidade do crime.

Além da pena de prisão, a Justiça determinou o pagamento de R$ 100 mil em reparação de danos às famílias das vítimas. A multa foi fixada em 34 dias-multa, calculada com base no salário-mínimo vigente à época do crime.

O duplo assassinato

Em 21 de junho do ano passado, Carin, 37 anos, e Raquel, 32, foram mortas com golpes de faca no pescoço. Os crimes aconteceram no dia em que Raquel reencontrou, o pescador F. L. K., que seria um amigo de infância que não via há anos. Eles passaram aquela manhã juntos e foram até a casa dela, no bairro Machados.

O pescador saiu do imóvel por volta das 11h e voltou às 17h30. Na versão do assassino, Raquel teria dito algo que o desagradou, gerando um desentendimento entre os dois e o esfaqueamento. A polícia, porém, sustenta que ele cometeu o homicídio após roubar a carteira e o celular da vítima.

Carin, que não conhecia o homem, foi até a residência da amiga no momento em que o assassino estava no local e acabou sendo morta também para que o criminoso não fosse descoberto e preso. Ele fugiu do local levando dois celulares, um relógio de pulso e uma bolsa roubados de Carin.

Os corpos foram encontrados no dia seguinte aos assassinatos, por uma amiga de Raquel que foi até a casa dela e percebeu que havia algo estranho. F.L.K, foi preso em 23 de junho de 2024.

Quem eram as vítimas?

Carin era diretora escolar e doutora em Educação e estudiosa da obra de Paulo Freire. Ela também atuava como voluntária da Associação Sonhos de Maria, voltada ao atendimento aos autistas. A professora estava se preparando para participar de eventos em Florianópolis, relacionados à Conae (Conferência Nacional de Educação) e programava uma viagem para Madri, Espanha.

Raquel era funcionária da Rede Municipal de Ensino de Navegantes e trabalhava como recepcionista na mesma unidade escolar que Carin era diretora.