30.08 - Luiz Henrique de Lima, de 26 anos, o assassino do ataque a creche de Blumenau foi condenado a 220 anos de prisão. A sentença foi lida nesta quinta-feira (29), após mais de 10 horas de julgamento, que começou pouco antes das 9h. Em abril do ano passado, quatro crianças de quatro a sete anos foram mortas pelo homem e cinco ficaram feridas depois de ele invadir a instituição no bairro Velha e cometer os crimes.
O autor do massacre foi condenado por quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificadas. Ele não terá o direito de recorrer em liberdade e permanecerá em uma unidade prisional. Na leitura da sentença, o Tribunal do Júri destacou se tratar de um crime “extremamente bárbaro e cruel”. Além disso, foi determinada a apreensão dos objetos utilizados nos assassinatos e a destruição deles.
O dia que marcou o desfecho do caso que chocou o país foi de muita emoção para as famílias das vítimas. Uma roda de oração, abraços demorados, choros silenciosos e parentes com camisas que estampavam a frase “Anjos do Cantinho” antecederam a sessão no Fórum de Blumenau durante a manhã. O corpo de jurados foi composto por quatro homens e três mulheres.
Entre as 11 testemunhas convocadas, a primeira a ser ouvida foi o delegado do caso, Rodrigo Raitez, que contou sobre a investigação e tudo o que ocorreu no episódio. Durante todo o julgamento, o serviço de psicologia da Justiça esteve à disposição da plateia. Nesse caso específico, acusação e defesa foram proibidas de colocar no projetor imagens que expusessem as vítimas, justamente para preservar os familiares e respeitar a dor de cada um deles.
Relembre o crime
Na manhã do dia 5 de abril de 2023, o motoboy Luiz Henrique de Lima pulou o muro do Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor e matou quatro crianças de quatro a sete anos. Ele chegou em uma moto, atacou os pequenos com uma machadinha no parque nos fundos da unidade e depois se entregou à polícia.
Após cometer o crime, o Luiz, teria pulado o muro novamente saído em uma moto. Ele foi até o Batalhão de Polícia Militar, no bairro Vila Nova, onde se entregou e confessou o crime.
O autor da chacina já possuía quatro passagens pela polícia, sendo uma delas por porte de drogas e outras duas por esfaqueamento. Os casos de violência foram registrados contra o padrasto, em 2021, e também contra o cachorro do padrasto, em 2022.
Além das quatro vítimas, ele feriu outras cinco, que foram levadas aos hospitais do município, mas sobreviveram. Os estudantes assassinados foram:
Bernardo Cunha Machado – 5 anos
Bernardo Pabst da Cunha – 4 anos
Larissa Maia Toldo – 7 anos
Enzo Marchesin Barbosa – 4 anos
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