05.09 - O casal acusado pelo homicídio da comerciante Miriam Hatsue Abe, no dia 10 de setembro de 2022, em Garuva, foi condenado a mais de dez anos de prisão, cada. A vítima, dona de uma floricultura, que foi atingida com seis tiros de arma de fogo, teria sido morta por engano.
O tribunal do júri iniciou na terça-feira, 3, e finalizou na madrugada de ontem, 4. Jéssica Alves dos Santos Martins foi condenada a 14 anos de reclusão, enquanto Obedis Mateus Ferreira Júnior em 11 anos e oito meses.
Ambos vão cumprir as penas em regime fechado. Eles foram acusados de homicídio qualificado por motivo torpe/vingança e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
O crime
No dia 10 de setembro de 2022, duas pessoas, um homem e uma mulher, chegaram com um veículo Pegeout, conduzido pelo réu, no estabelecimento comercial e residência da vítima.
A acusada desceu do veículo, entrou no estabelecimento e perguntou pela dona do local. Quando a funcionária da proprietária a chamou, a mulher começou a atirar. A vítima tentou fugir, mas seguiu sendo alvejada. Somente quando a vítima estava caída, a autora dos disparos fugiu do local no carro e na companhia do réu que a aguardava.
Em seguida a vítima foi encaminhada para atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento de Garuva, mas não resistiu aos ferimentos e morreu momentos após o crime.
As investigações mostraram que Miriam teria sido morta por engano. De acordo com a Polícia Civil, a mulher pretendia executar um familiar da dona da floricultura — que não morava mais em Garuva, mas havia um registro de endereço no estabelecimento de Miriam — devido à disputa por um terreno no Paraná.
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