15.04 - Helena Silvia Ladwig, 85, que estava desaparecida desde o último dia 3, foi encontrada morta na tarde de hoje (15) dentro do próprio carro, submerso no rio Piraí, em Araquari. O corpo da mulher estava preso ao cinto de segurança no banco do motorista.
A investigação já trabalha com a hipótese de um desaparecimento involuntário da idosa. Imagens de câmeras de segurança que mostravam os últimos registros de Helena, antes de seu desaparecimento, reforçaram a hipótese de desorientação e um possível erro de trajeto.
Os vídeos mostravam o veículo da idosa, um Chevrolet Celta, circulando de forma aleatória por ruas da zona norte da cidade. Em um dos trechos, o carro aparece em uma rotatória entre a avenida Santos Dumont e a rua Dom Bosco, no bairro Santo Antônio. Em determinado momento, o veículo chega a colidir com o meio-fio.
“A conduta demonstra que ela estava perdida nas ruas de Joinville. Como não portava celular, não tinha como pedir ajuda”, afirmou o delegado regional Raffaello Ross. “Em outras imagens, ela repete esse padrão: freia, para, retoma a direção”, comentou o delegado.
A polícia também apurou que Helena não tinha familiaridade com o trânsito. Segundo relatos de familiares, ela não costumava dirigir com frequência. Na noite do desaparecimento, saiu sozinha para entregar um carregador de celular à irmã, que está internada.
Imagens de câmeras de segurança foram imprescindíveis para que a Polícia Civil conseguisse localizar o paradeiro de Helena Silvia Ladwig, a idosa de 85 anos que desapareceu em Joinville no dia 3 de abril. O vídeo mostra que a idosa percorreu uma última rua antes de cair no rio Piraí. O carro e o corpo de Helena foram encontrados nesta terça-feira (15), em Araquari.
Segundo o delegado Rafaello Ross, a idosa se perdeu, percorreu 43 quilômetros, passou pela zona rural do bairro Vila Nova, pela BR-101 e foi até Araquari. Lá, acessou a rua Maringá até chegar na rua Onofre Rosa, que fica ao lado do rio Piraí.
“Cerca de 500 metros da onde ela passou pela última vez, à esquerda, tem uma travessia, uma balsa, e mais à frente tem um ribeirão, onde ela poderia de ter caído. Começamos na tarde de ontem [segunda-feira] a fazer buscas no local, em determinado momento percebemos que havia a indicação de que um veículo estava ali, algo de metal, por conta do trabalho com o ímã que foi feito”, explica Ross.
O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado e uma guarnição de Itajaí veio na manhã desta terça-feira (14) com mergulhadores e cães farejadores, momento em que encontraram o veículo de Helena a cerca de cinco metros de profundidade. Em seguida, a Arteris Litoral Sul auxiliou o resgate com um guincho para içar o carro. Após a retirada do veículo do rio, o corpo da idosa foi encontrado no interior do automóvel.
A Polícia Científica informou que uma perícia foi feita no local para apurar todas as circunstâncias da queda do veículo, entretanto, a hipótese de crime está descartada. O corpo de Helena também será examinado para identificar a causa da morte. A princípio, as informações apontam para afogamento.
Para o delegado, todos os indícios apontam que a idosa tenha se perdido devido às circunstâncias de estresse que tinha passado naquela noite.
“Em conversas com a família, nós percebemos que ela não dirigia à noite. Naquele dia, a irmã dela seria liberada do hospital, mas deu uma situação com a ambulância, enfim, e ela ficou muito nervosa com essa condição. Era por volta das 10 horas da noite. E aí, ela sai com o veículo, pegou o carregador e ia voltar para o hospital para entregar esse carregador para o celular da irmã, que havia descarregado e então ela começa a se equivocar, ficar sem rumos. A gente acredita que o fato dela ter 85 anos, não gostar de dirigir à noite, aliada ao nervosismo pela situação da irmã, foram fatores que, somados ali, levaram ela a não ter uma percepção dos caminhos que ela deveria seguir”, explica o delegado.
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