31.08 - Puxado pelo atletismo e pela natação, o Brasil conquistou mais dez medalhas neste sábado e chegou a um total de 23, fechando o terceiro dia de disputa das Paralimpíadas de Paris 2024 em terceiro lugar no quadro geral, atrás de China e Grã-Bretanha. Os bons resultados na piscina, com dois ouros e uma prata, e na pista/campo, com cinco pódios, além de dois bronzes no tênis de mesa, mantêm o país nos trilhos rumo a um sonhado desempenho inédito nos Jogos e cumprem boa parte das projeções do ge.globo.
Até hoje a melhor colocação do Brasil nas Paralimpíadas foi o sétimo lugar, posição alcançada em Londres 2012 e Tóquio 2020. A meta estabelecida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é melhorar essa colocação, até mesmo saltando para o top 5 no quadro geral. A projeção da entidade é que o Brasil supere também os recordes de medalhas e ouros, que até Paris são de 72 pódios e 22 ouros.
Na piscina, o dia começou com o brilho de Maria Carolina Santiago, que se igualou à velocista Ádria dos Santos como a maior medalhista de ouro brasileira em Paralimpíadas ao vencer os 100m costas da classe S12, para pessoas com deficiência visual. Foi a quarta medalha dourada nos Jogos da carreira nadadora, que de quebra ainda bateu o recorde das Américas com 1min08s23. Gabriel Araújo seguiu “amassando” e levou o segundo ouro em Paris ao vencer os 50m costas na classe S2, para atletas com deficiência físico-motor, com 50s93. Ainda teve prata para Wendell Belarmino nos 50m livre S11, para atletas com deficiência visual quase total ou total.
Embora a natação tenha garantido dois ouros, foi no Stade de France que os atletas brasileiros mais subiram ao pódio neste sábado. Destaque para uma dobradinha especial dos 400m T47, para atletas com amputação de braço: a veterana Fernanda Yara conseguiu o sonhado ouro 16 anos após sua primeira participação nas Paralimpíadas, e a novata Maria Clara Augusto estreou conquistando de cara um bronze. A prata de Thalita Simplício nos 400m T11 e os bronzes de Joeferson Marinho nos 100m T12 e de Cícero Nobre no lançamento de dardo F57 completaram o baile brasileiro nas pistas e no campo.
No tênis de mesa, o Brasil conquistou mais dois bronzes nas duplas no terceiro dia de disputa dos Jogos. Bruna Alexandre e Danielle Rauen ficaram em terceiro na classe 20, para atletas andantes, mesmo resultado de Claudio Massad e Luiz Manara na 18, também para andantes.
No taekwondo, Debora Menezes era considerada uma forte candidata a pódio na categoria K44 acima de 65kg, mas acabou sofrendo uma lesão e sendo derrotada na semifinal pela uzbeque Guljonoy Naimova. A brasileira ainda teve a chance de buscar o bronze, mas acabou superada pela marroquina Rajae Akermach.
Brasil – Quadro de medalhas
08 (Ouro) – Fernanda Silva (Atletismo), Ana Carolina de Moura (Taekwondo), Petrúcio Ferreira (Atletismo), Ricardo Mendonça (Atletismo), Júlio César Agripino (Atletismo), Gabriel Araújo (Natação), Gabriel Araújo (Natação) e Maria Santiago (Natação).
03 (Prata) – Wendel Pereira (Natação). Thalita Simplício (Atletismo) e Phelipe Rodrigues (Natação)
12 (Bronze) – Claudio Massad e Luiz Manara (Tênis de Mesa) Bruna Alexandre/Danielle Rauen (Tênis de Mesa), Silvana Fernandes (Taekwondo), Cicero Valdiran Lins (Atletismo), Maria Clara Augusto (Atletismo), Jeferson Marinho (Atletismo), Giovanna Boscolo Castilho Gonçalves (Lançamento de club F32), Talisson Glock, Patrícia Santos, Lídia Cruz e Daniel Xavier Mendes (Natação/Equipe), Talisson Glock (Natação), Cátia Oliveira e Joyce Oliveira (Tênis de Mesa), Yeltsin Jacques (Atletismo) e Gabriel Bandeira (Natação).
Total – 23 medalhas
Mín. 16° Máx. 25°