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Servidoras da Câmara de Penha denunciam vereadora Manu (PP) por abuso de autoridade e assédio moral

Documento interno aponta que a vereadora é alvo de denúncia generalizada de todas as servidoras da câmara, cujo teor foi lido na sessão de ontem. Manu (PP) alega que as 10 servidoras do Legislativo não têm provas contra ela.

20/05/2025 às 10h44
Por: Carneiro News Fonte: Juvan de Souza Neto
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Manu é acusada de assédio moral, filmagens indevidas e intimidações (Fotos Arquivo/CVP)
Manu é acusada de assédio moral, filmagens indevidas e intimidações (Fotos Arquivo/CVP)

20.05 - Uma sequência de denúncias novamente coloca a vereadora Emanoelly Rodrigues da Silva, a Manu do Adote Penha (PP), no centro de uma polêmica na Câmara de Vereadores de Penha. Documento interno repassado a imprensa aponta que ela é alvo de denúncia generalizada de todas as servidoras da câmara, cujo teor foi lido na sessão de ontem.

No documento assinado por funcionárias efetivas, são relatados supostos episódios de assédio moral, constrangimento, intimidação e uso indevido de prerrogativas parlamentares que, segundo as denunciantes, têm prejudicado o ambiente de trabalho e afetado a saúde mental da equipe. As servidoras afirmam que a parlamentar, que também é ativista da causa animal, tem adotado postura autoritária, desrespeitosa e invasiva.

Não é a primeira vez que Manu entra no alvo das polêmicas. Ainda este ano ela viu arquivada uma comissão parlamentar que visava cassá-la por quebra de decoro. “Ela chega a filmar sem permissão, investigar vida pessoal de servidor fora do âmbito do Legislativo e fazer uma verdadeira devassa na vida de todos, quando deveria estar fiscalizando o Poder Executivo”, reforça a fonte que pede para não ser identificada.

“Para se ter ideia, de todas as servidoras efetivas da casa, em número de 10, nenhuma quis dividir com ela a função de coordenar a Procuradoria da Casa, porque ela tumultua tudo”, acrescenta.

Há ainda acusações, segundo destacam, de declarações públicas humilhantes nas redes sociais, exigências fora do horário de expediente e tratamento mais agressivo direcionado às mulheres da equipe — o que, segundo as servidoras, configura violência de gênero. “É incrível, pois vem de uma mulher”, comenta a fonte.

As servidoras pedem providências da mesa diretora para apurar os fatos e garantir o respeito aos direitos dos trabalhadores. “Não estamos sozinhas”, conclui o texto.

“Vou à Justiça, se preciso...”

Ouvida pela reportagem do Diário do Litoral (Diarinho), Manu disse que a vítima é ela própria, e há uma retaliação por conta de ser oposição ao atual governo municipal. “Fizeram uma carta contra mim e não teve um comunicado à mesa diretora e ao presidente”, frisou, referindo-se ao vereador Luciano de Jesus (PP) que comanda o legislativo. “As colocações não são verdadeiras; vou à Justiça, se preciso, e solicitar prova de tudo que estou sendo acusada”, complementa.

Manu afirmou à reportagem que soube da carta por uma das funcionárias que assinou o documento, mas teria se arrependido. “Ela foi constrangida”, pontua. Infelizmente, estamos passando por isso”, apontou.

A parlamentar ainda disse que é a segunda vez que a acusam no parlamento, sem lhe dar direito de defesa e a “tratando como criminosa”. “Minha primeira denúncia, de suposto assédio moral, foi arquivada sem prova”, observa.

 

O presidente do Legislativo, Luciano de Jesus, confirmou protocolo e recebimento da carta nesta segunda. Luciano assegurou estar sendo o mais diplomático e democrático possível. “Tomamos ciência do caso; as servidoras nos procuraram e vamos ler a carta. Não podemos segurar o que vem à mesa diretora”, observa Jesus.

Resposta de Manu na tribuna

Durante seu pronunciamento na tribuna, a vereadora Manu rebateu as acusações e afirmou ser vítima de violência de gênero e perseguição política. Segundo ela, está sendo tratada de forma desigual dentro do Legislativo por ser mulher e por cobrar transparência.

De acordo com publicação do Portal Praia Norte News, a vereadora afirmou quer não vai se calar. “Não vou me calar. Estou sendo perseguida por solicitar informações sobre horas extras. Eu sou nordestina e isso não vai me calar”, declarou a vereadora.

Dialogo e respeito

“Vamos apurar os fatos individuais, sem jamais tolher o direito dela em ser vereadora”, frisou ao DIARINHO. Para Luciano, será necessário diálogo e respeito, mas a Câmara de Vereadores de Penha não pode prescindir do trabalho das servidoras. “Eu entendo as preocupações da vereadora, mas há um rito a ser seguido no Legislativo”, concluiu.

 

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