30.09 - A retirada, o comércio e o consumo de mariscos e ostras de cultivo em Penha foi liberada pela Cidasc na sexta-feira (27). A desinterdição foi após 13 dias de suspensão da atividade devido à “maré vermelha”. O fenômeno é provocado pela proliferação de algas, sendo que algumas delas podem produzir toxinas que causam diarreia se os moluscos contaminados forem consumidos.
Conforme os novos laudos do monitoramento da Cidasc, todas as áreas de cultivo de ostras estão liberadas no litoral catarinense. Nas áreas de cultivo de mexilhões, permanece interditada apenas a região de Ponta de Baixo, em São José, e Barra do Aririú, em Palhoça. O motivo da interdição é a presença da ficotoxina ácido ocadaico.
“Embora não afete a saúde dos moluscos bivalves, consumir a carne deles, quando há presença da toxina, pode provocar sintomas gastrointestinais”, explica o órgão. As interdições são temporárias e a retirada e consumo dos moluscos são liberadas quando novas análises indicam que a toxina já não está mais presente.
A Cidasc monitora as áreas de cultivo de moluscos no estado, através de análises, para detectar a presença de contaminantes microbiológicos, ficotoxinas e algas produtoras de toxinas. O monitoramento é uma iniciativa pioneira da Cidasc pra proteger a saúde pública e a maricultura. Santa Catarina é líder na produção de ostras no país e os cuidados sanitários são um diferencial pra venda dos produtos.
Em Penha, o professor Gilberto Manzoni, coordenador do Centro Experimental de Maricultura da Univali, informa que a interdição da área de cultivo neste mês foi uma solicitação dos próprios maricultores à Cidasc, após verificaram a presença de toxina. “É um amadurecimento do setor que cada vez se preocupa mais com a qualidade do produto que é oferecido ao mercado consumidor”, comenta.
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